4 dúvidas sobre o adicional de periculosidade do motoboy

4 Dúvidas Sobre o Adicional de Periculosidade do Motoboy

A atividade dos motoboys tem se tornado cada vez mais relevante na dinâmica das cidades. Com o crescimento do e-commerce e da entrega rápida de produtos, esses profissionais enfrentam diariamente diversos riscos. Contudo, muitos ainda têm dúvidas sobre seus direitos, especialmente no que se refere ao adicional de periculosidade. Neste artigo, abordaremos 4 dúvidas sobre o adicional de periculosidade do motoboy, esclarecendo aspectos legais, tendências recentes e a importância de uma orientação adequada para garantir os direitos trabalhistas. Se você é um motoboy ou está envolvido no setor de entregas, este conteúdo é essencial para você!

O que é o adicional de periculosidade?

O adicional de periculosidade é um direito assegurado aos trabalhadores que exercem atividades que os expõem a riscos acentuados, ou seja, que podem ameaçar sua integridade física. Segundo a Norma Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho, o trabalho em condições perigosas deve ser reconhecido e, em função disso, o trabalhador tem direito ao recebimento de um adicional equivalente a 30% sobre o salário base.

No caso dos motoboys, a atividade é considerada perigosa devido aos altos níveis de exposição a acidentes de trânsito, assaltos e outras situações de risco. Este reconhecimento não apenas visa compensar o trabalhador pela periculosidade, mas também incentivá-las a adotar medidas de segurança durante a execução de suas funções.

Quais são os requisitos para receber o adicional de periculosidade?

Para que um motoboy tenha direito ao adicional de periculosidade, existem alguns requisitos que devem ser atendidos. São eles:

  • Exposição a atividades perigosas: O trabalho deve expor o trabalhador a riscos que coloquem sua vida e saúde em perigo.
  • Perícia técnica: A empresa deve realizar uma avaliação técnica que comprove as condições de trabalho consideradas perigosas.
  • Registro em CTPS: O adicional deve ser registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do profissional.

Caso a empresa não cumpra com esses requisitos, o motoboy pode buscar reivindicar seu direito através da Justiça. É importante ressaltar que o adicional de periculosidade é um tema complexo e existem variações nas interpretações, por isso, o acompanhamento de um advogado especializado em direito trabalhista é fundamental.

Quais são as mudanças recentes na legislação?

Nos últimos anos, a legislação trabalhista passou por diversas alterações, impactando diretamente os direitos dos trabalhadores, incluindo os motoboys. Em 2017, com a reformulação da CLT, o adicional de periculosidade ganhou novas diretrizes, especialmente no que se refere à forma de comprovação da atividade perigosa.

Além disso, a Decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o conceito de periculosidade aplicável ao setor de motoboys trouxe maior clareza e determinou que a exposição ao risco deve ser comprovada através de laudos técnicos. Essa mudança reforça a importância de as empresas realizarem avaliações minuciosas e regulares das condições de trabalho.

Caso prático: Como funciona a aplicação do adicional de periculosidade?

Vamos considerar o caso de Lucas, um motoboy que trabalha em uma plataforma de entregas em São Paulo. Lucas sempre teve a preocupação com sua segurança, mas não tinha certeza se tinha direito ao adicional de periculosidade. Após algumas colegas de trabalho revelarem que estavam recebendo esse benefício, Lucas decidiu investigar sua situação.

Após procurar a assistência de um advogado, foi verificado que a empresa onde ele trabalhava não realizava regularmente a avaliação das condições de trabalho, nem possuía laudos técnicos que comprovassem a periculosidade da função. Com a orientação legal, Lucas conseguiu requerer o adicional de periculosidade, provando que sua atividade estava exposta a riscos constantes.

Esse caso ilustra a importância de conhecer seus direitos e buscar orientação legal quando necessário. A atuação de profissionais especializados pode fazer toda a diferença no reconhecimento de direitos trabalhistas.

Conclusão

A discussão sobre 4 dúvidas sobre o adicional de periculosidade do motoboy é um tema de suma importância para aqueles que atuam nesta profissão. É essencial que motoboys conheçam seus direitos, entendam como funciona o adicional de periculosidade e quais são os requisitos necessários para seu recebimento. Com as constantes mudanças na legislação, buscar uma orientação jurídica especializada se torna ainda mais relevante.

Se você é um motoboy ou conhece alguém que pode estar enfrentando dúvidas sobre a periculosidade no trabalho, não hesite em buscar ajuda. A advogada Dra. Mariele Quirino, especialista em direito trabalhista e previdenciário, está pronta para oferecer a assistência necessária e ajudar a garantir que seus direitos sejam respeitados.

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